segunda-feira, 30 de julho de 2012

Dentro de um hospital, vejo pessoas passando de lá para cá
Enquanto espero ancioso alguma noticia
Algo que possa acalmar meu coração que parece frio, querendo bater forte
As pernas tremem
As mãos se entrelaçam em ansiedade e tudo parece tão rápido
Tão fugaz, assim como minha esperança vai se esvairindo pelas gotas de suor
Tento controlar a respiração como se uma hora fosse me faltar o ar
As horas nesse grande relogio branco insistem em caminhar em marcha lenta
A porta abre e fecha, como numa maldade simultânia fazendo-me saltar cada vez que alguém a ultrapassa com força de elevante, onde se a mesma não estivesse pregada as paredes, seria levada por esses corpos.
Nenhuma noticia, estetoscopios pendurados nos pesçocos e na verdade ninguém consegue escutar
Ninguém esta se importante com o coração que esta parando de bater
Quem seria capaz de ouvi-lo?
Os meus pés estão em posição de fuga, os olhos inchados de tanto que as lágrimas da amargura causaram-lhe dor e sufoco
E a horas continuam a passar
Então veio em direção a mim
Com as mãos seguras em um papel
Minha certidão de óbito
Então veio
Descanse em paz
Epitáfio.

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Ah eu...
Eu deveria ser um narciso
Um egoísta em potencial
Quem sabe assim fosse mais fácil viver
Sobreviver
E arrancar de mim esses ares de preocupação
Proteger-me seguramente da maldade aguçada
Dos olhares torvos e sem luz
Assegurar-me dentro de mim que é o lugar mais seguro
E inabitável
Tolo!
Tonto e torto, um idiota sem igual.
Capaz de se sujeitar aos mais escrotos níveis de baixaria
Desumano
Para manter o sentido de auxilio e tantas vezes depara-se
Desamparado e obscuro
Mergulhado na solidão do abandono velado
Da dor amargurada da ingratidão
Que parece acompanhar o entardecer dos dias
E quem sabe no outro haja felicidade
Haja gratidão e não precise defender-me tanto
De mim mesmo
De quem eu mais queria o "estar e ser"
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