quarta-feira, 3 de março de 2010

Aos pés daquela cruz

Ao acordar, fixei os olhos no crucifixo que estava no alto daquela parede. O quarto parecia escuro, já passava do meio dia. Teria passado ali demasiadas vezes, mas hoje me aconteceu algo diferente, aquela imagem inquietava-me profundamente. Um homem ali pregado, um sofrimento que não senti, não presenciei o derradeiro momento em que deu seu ultimo suspiro. Como poderia descer daquela cruz se parecia estar tão preso a ela? Como poderia voltar dos mortos se ninguém nunca conseguiu por suas próprias forças?
Durante gerações a historia desse homem foi contada, muitos não quiseram escutar, ignoraram. Dizem que assim também aconteceu quando Ele era vivo. Outros ouviram, acolheram a “palavra” e viram suas vidas transformadas, uma luz brilhou em meio à escuridão de seus corações. E assim deram continuidade, testemunhando o que viveram depois desse “encontro”.
Seu olhar... Ah aquele olhar tão penetrante, retratado tão vivamente. O sangue real descendo de seu rosto, os seus olhos com cores de morte. Em que momento partiram-lhe o coração? A misericórdia, ápice do amor.
Meditando sobre minhas escolhas, vendo os frutos que tenho dado, vejo que para mim Jesus ainda permanece morto, não ressuscitou, não ressuscitei com Ele. Quando temos um verdadeiro encontro com o Senhor ressuscitado, todas as nossas escolhas mudam, temos noção que tudo nos é permitido, mas nem tudo nos convém. É impossível continuar sendo o mesmo depois que a misericórdia nos atinge. Mas somos livres, para tudo escolher. Optar por Deus ou não. Sim, conheco a Deus, mas muitas de minhas atitudes tem dito o contrário.

“Sempre, em algum lugar, tem alguém esperando por nossa morte pessoal para experimentar o Cristo Ressuscitado em cada um de nós”(Rm 10, 14-15) RVR 38.


Se não conhecemos Jesus vivo, como poderemos transmitir aos outros esse “Recado de Vida”? Precisamos urgentemente ter essa experiência com o Deus vivo. Que por suas próprias forças, voltou dos mortos. Que foi capaz de amar o mundo depois de ser rejeitado até mesmo em sua própria terra.
Quando conhecermos a Deus, quando nos decidirmos por Ele, nossas vidas serão como redes prontas para a pesca. Seremos pescadores de homens. Optaremos em tudo por Deus. Teremos perfeita comunhão com Ele. Não será um caminho fácil, Jesus mesmo disse: “Quem quiser seguir-me pegue sua CRUZ e siga-me”, porém, recheado muita alegria. 

“Senhor, mesmo em meio as minhas escolhas erronias, da-me a graça de encontrar-te em meus desencontros. Que os meus olhos permaneçam fixos aos teus. Ó Senhor, como são escuras as noites sem Ti, sem tuas caricia. Minha alma anseia profundamente por Ti. És vida para mim. Ressuscita em minha vida e leva-me a ressuscitar contigo. E aos teus chamados, a tua volição por mim, digo Sim.”


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