segunda-feira, 30 de julho de 2012

Ah eu...
Eu deveria ser um narciso
Um egoísta em potencial
Quem sabe assim fosse mais fácil viver
Sobreviver
E arrancar de mim esses ares de preocupação
Proteger-me seguramente da maldade aguçada
Dos olhares torvos e sem luz
Assegurar-me dentro de mim que é o lugar mais seguro
E inabitável
Tolo!
Tonto e torto, um idiota sem igual.
Capaz de se sujeitar aos mais escrotos níveis de baixaria
Desumano
Para manter o sentido de auxilio e tantas vezes depara-se
Desamparado e obscuro
Mergulhado na solidão do abandono velado
Da dor amargurada da ingratidão
Que parece acompanhar o entardecer dos dias
E quem sabe no outro haja felicidade
Haja gratidão e não precise defender-me tanto
De mim mesmo
De quem eu mais queria o "estar e ser"

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