domingo, 5 de junho de 2011

Tudo o que vai..


Hoje é o dia
Eu quase posso tocar o silêncio
A casa vazia
Só as coisas que você não quis
Me fazem companhia
Eu fico à vontade com a sua ausência
Eu já me acostumei a esquecer

Tudo que vai
Deixa o gosto, deixa as fotos
Quanto tempo faz
Deixa os dedos, deixa a memória
Eu nem me lembro mais

Salas e quartos
Somem sem deixar vestígio
Seu rosto em pedaços
Misturado com o que não sobrou
Do que eu sentia
Eu lembro dos filmes que eu nunca vi
Passando sem parar
Em algum lugar.

Tudo que vai
Deixa o gosto, deixa as fotos
Quanto tempo faz
Deixa os dedos, deixa a memória
Eu nem me lembro mais

Fica o gosto, ficam as fotos
Quanto tempo faz
Ficam os dedos, fica a memória
Eu nem me lembro mais

Quanto tempo, eu já nem sei mais o que é meu
Nem quando, nem onde

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Penso, sim, sou!

Sim, penso, existo. 
Mas o que sou?
Sou o que hesito
Em ser? Ou... Ou
Sou só o que
Sei ser-me sem
Erro, sem se?
Sou o que pen-
So? Mas que pensa
O quem o qual
Sou? É? Hem? Sa-
Berá? Que tal?
Existo, sim.
Que sim sou? Ex-
Isto? Que mim 
Sou? Sou? Talvez...


Poeta de Meia-Tigela
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