sábado, 22 de maio de 2010

Pensamentos de Criança




Vou fugir de casa!
Não aguento mais essa situação.
Para onde vou eu não sei.  Sairei de casa agora em direção ao colégio e depois da aula partirei. Do jeito que está não pode continuar.
Essa situação eu não aguento mais.

Cadê minha mochila?
... Achei. Que roupa eu posso levar? Se me der um baita frio ou tremendo calor? Deixe-me ver. Com as poucas roupas que tenho, passarei os dois com toda certeza.
O que possuo levarei.  Poderia ir na geladeira, levar alguns mantimentos. Não! Não quero nada deles.
Onde mesmo que coloquei minha mochila?




Peguei minha mochila, comecei a caminhar... Caminhar.
Cada passo parecia suscitar em mim a consciência deste ato. Pensei em voltar, mas não aguentava mais aquela situação. Não posso voltar atrás.
Comecei a caminhar, caminhar... Segurando bem firme minha mochila.


(Tic-tac... O relógio parecia fazer com que as horas dessem passos de tartaruga, aumentando gradativamente a aflição de seu coração.)

Está tarde. Vou voltar. Não! Eu não posso fazer isso. Mas para onde irei? 
Serei livre, voarei.

(Você perdeu toda a aula pensando nisso. Esta certo ou errado? Seus motivos parecem justos, mas deveria ter pensando bem, antes de agir. Faça sua escolha e suporte as consequências. – Voz do Juiz, chamado de Consciência)

Pronto! A aula terminou, sairei daqui, vou viver minha vida livre, independente. Não precisarei escutar nenhuma daquelas bobagens novamente.
Nossa! Estou livre, tão feliz e... Com fome, querendo tomar banho. Meu Deus e agora? Não sei para onde vou. Não tenho o que comer e nem onde descansar a cabeça. É... Tenho que reconhecer, preciso voltar para casa.

De cabeça baixa então voltou arrependida de tudo o que tinha feito.
Arrependimento na face e latejante dor no coração.
Descobriram o acontecido! Foi a maior confusão em casa.
E o que lhe sobrou de lição depois de aproveitar sua suposta liberdade, foi a certeza de que ter família pode até ser complicado, com suas confusões e alegrias, mas ter uma é essencial!


Homenagem a uma grande amiga, que certo dia resolveu fugir de casa que por certo arrependeu-se. E hoje bem sabe o valor que a família tem. 

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